terça-feira, 15 de dezembro de 2020

EDITORIAL

O SALTITÃO volta a saltitar na nossa escola! Depois de uma interrupção inesperada, devido à pandemia de COVID-19, o número 2 d'O SALTITÃO saiu finalmente para a RUA. Os novos alunos do 4.º ano, que frequentam a AEC JORNALISTAS DE PALMO E MEIO, prepararam esta nova edição com a ajuda da Cátia Vieira. Neste segundo número incluímos a entrevista com o arquiteto e artista plástico Luís Pedro Cruz, peça elaborada pela equipa d' O SALTITÃO no passado ano letivo, e que não chegou a ser publicada, devido à suspensão das atividades letivas. Agradecemos à Sandra Moreira e às Jornalistas de Palmo e Meio a criação do nosso jornal no ano letivo 2019/20 e o excelente trabalho que desenvolveram ao longo do ano. Nos últimos tempos todos temos sofrido com esta doença, que parece não dar TRÉGUAS, mas temos ESPERANÇA num futuro melhor. Este Natal, já sabemos, vai ser diferente, com maior distância e menos AFETO, entre FAMÍLIAS e AMIGOS. Mas continuamos a ACREDITAR que vai ficar tudo bem. Entretanto, protege-te e sê responsável. Vamos CONSEGUIR! Com a ajuda e o apoio de todas as entidades envolvidas, aqui está, "nas tuas mãos" o número 2 do jornal O SALTITÃO. CONTAMOS CONTIGO e vamos crescer juntos. DÁ-NOS NOTÍCIAS!

A EQUIPA D'O SALTITÃO




ESTE NATAL VAI SER DIFERENTE...

Sabemos que, por causa da pandemia da COVID-19, temos de ficar em casa, afastados da família e dos amigos. Mas... 

- Então, quando não tiveres nada para fazer, podes ler o nosso jornal. 

- Por causa da COVID-19 não vamos poder celebrar, nem com familiares, nem com amigos. Portanto, peçam ao Pai Natal o nosso jornal!!! 

- Por causa do Coronavírus, no Natal não podemos estar todos juntos, porque não sabemos se as outras pessoas estão com COVID-19.

POR OUTRO LADO - ANTÓNIO PITA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE CASTELO DE VIDE


Fomos (muito bem) recebidos no salão nobre do edifício dos Paços do Concelho da Câmara de Castelo de Vide. E tivemos oportunidade de conhecer o outro lado do presidente. Não falámos sobre o orçamento da Câmara, nem de questões políticas. Foi uma conversa descontraída, com perguntas e respostas que não estamos habituados a ler num jornal. E o resultado aqui está: ficámos a conhecer melhor a pessoa por trás do presidente. 

O Saltitão - O que gosta de fazer nos seus tempos livres? 

António Pita - Ui… eu tenho poucos tempos livres. O meu prazer enorme, quando tenho tempo livre, é estar com os amigos, de forma mais descontraída. Durante o dia, vivo com tantos problemas, tantos assuntos, que quando saio da Câmara Municipal o meu maior prazer é valorizar esse tempo com os meus amigos. Depois, gosto muito de ler. Tenho uma boa biblioteca e um dos prazeres que tenho é a leitura. E ouvir música. Vocês também gostam de música? Ah! Também gosto muito de viajar. 

Qual é o seu maior medo? 

Eu tenho muitas preocupações. O meu maior medo... É uma pergunta difícil!... Tenho preocupações com o bem estar dos nossos concidadãos, com o desemprego, com a saúde, a minha e a das outras pessoas. Essas são preocupações. Medos, medos, sinceramente não tenho. Essas são as preocupações maiores que tenho com os outros. Comigo, talvez o medo é perder a saúde e não ter capacidade para as minhas realizações. 

O que gostaria de ler no nosso jornal? 

As vossas preocupações com o sítio onde vivem, com a nossa terra. Aquilo que vocês pensam que está bem. Nós muitas vezes só falamos do que está mal, mas também temos que valorizar aquilo que está bem. Quando eu era um pouco mais velho do que vocês, tinha 13 ou 14, estudava em Portalegre, no Liceu, e ficava muito feliz naquele tempo, por viver numa terra que estava mais desenvolvida do que outras. Quando falava com outros meninos, de outros municípios, eu era de facto um sortudo, estava numa terra onde tinha espaços desportivos, piscinas de água quente, bons equipamentos e infraestruturas desportivas, culturais... Gostaria de ler no vosso jornal, o que vocês não têm e gostariam de ter, valorizando aquilo que têm. 


DESENHO DE MARIANA MILHANO

Quando era pequeno, o que queria ser quando fosse grande? 

Olha, eu gostava de ser o Indiana Jones. Todos conhecem o Indiana Jones? Ele tem vários filmes, é um arqueólogo, historiador, aventureiro... Ele marcou-me muito porque quando eu era adolescente adorava livros de aventuras e policiais. Tive a sorte de a C.M. formar um grupo de arqueologia, com jovens que aqui viviam. Castelo de Vide tem um grande património. Então, eu e alguns amigos, pensámos que íamos ter um papel muito importante em descobrir, valorizar, conservar toda esta história. Vão visitar a secção de arqueologia que existe há 40 e tal anos e conheçam esta história. Depois estudei arqueologia e só não acabei o curso porque a vida me levou por outros rumos... Fui militar durante muitos anos, gostava da vida militar, fui oficial do exército. Entretanto a vida trouxe-me aqui, mas é a minha área preferida: história e arqueologia.

Quantos anos tem? 

Isso é uma pergunta que não se faz!... Tenho 57. Nasci num dia muito importante, que vocês vão estudar mais tarde. Nasci no dia 14 de Agosto, dia da Batalha de Aljubarrota. Só que não nasci em 1383, nasci em 1963. Estou a ficar velhote. Sou do século passado! 

Tem filhos? 

Tenho um filho, giraço! É o António Pedro. Vive em Lisboa, vem cá de vez em quando. E é muito bonito, como a mãe. 

Qual é a sua coisa favorita em todo o mundo? 

Em todo o mundo?! É uma pergunta difícil porque não pode só existir uma coisa favorita. Felizmente a vida traz-nos coisas tão boas! O Sol, a Lua, as estações do ano, as pessoas, os animais, a montanha... O mundo tem coisas tão boas, desde logo a natureza e as pessoas, que às vezes esquecem que fazem parte da biodiversidade, fazem parte da natureza. Eu escolhia, precisamente, as pessoas e a natureza como - se assim se pode dizer - as coisas preferidas. 

Qual é a sua comida favorita? 

A minha comida favorita é a cozinha tradicional portuguesa. Adoro! E gosto muito de cozinhar. 




Gosta da sua profissão? 

Gosto muito da minha função, tenho muita responsabilidade. O que eu estou a fazer não é uma profissão, estou numa missão. Adoro a minha missão e sinto-me privilegiado por poder fazer algo de que gosto muito. 

O que pensa da COVID-19? 

Uma tragédia! Apesar de, às vezes, ouvirmos pessoas a dizer que a COVID-19 traz coisas boas, que é uma janela de oportunidade, que há regiões que hão-de ganhar com esta situação, não sou nada a favor dessa opinião. Tudo aquilo que é trágico e que mata pessoas nunca pode ser uma coisa boa! É uma doença que, infelizmente, está a matar muitas pessoas e como é uma pandemia, está a afetar todo o mundo. O que nós queremos é que a ciência e a medicina possam resolver este problema o mais rapidamente possível, para nós podermos entrar novamente na normalidade, que é estarmos todos juntos, abraçar os nossos amigos, estar com o avô, com a avó, com toda a gente, sem máscara... Certamente vamos ter que esperar mais algum tempo, mas vamos conseguir.

Viveu no tempo da Peste Negra? 

Não... (sorriso) Nós hoje estamos com esta doença, que está em todo o mundo e falase muito em quarentena. A palavra quarentena vem de onde? Quarenta. Foi um termo que apareceu nesses tempos da Peste. No final da Idade Média, durante os Descobrimentos, as pessoas que viajavam muitas vezes transportavam a doença. Por exemplo, Veneza era um sítio de negócios, de cultura, e para chegar lá ia-se de barco; os quarenta dias eram os dias que as embarcações, antes de chegarem a Veneza, tinham de esperar antes de entrarem na cidade para se saber que não levavam doentes. Eu não vivi no tempo da Peste Negra porque foi há 600 anos. 

Gosta de música Pop? 

Pop? A música faz com que as pessoas sejam melhores. Castelo de Vide felizmente, tem duas bandas de música. Há meninos e meninas da vossa idade que aprendem lá música e quando temos espetáculos musicais isso desperta-nos para o mundo, somos mais ricos. E nós, à medida que vamos crescendo, somos melhores pessoas quando levamos a música dentro de nós. Por isso, quero-te dizer: não sou apreciador de todos os tipos de música, mas gosto de música Pop e a música que gosto mais é a música do meu tempo, como deves imaginar! Música dos anos 70, anos 80... 

O que faz, no dia-a-dia, em relação ao ambiente? 

O ambiente está dependente daquilo que cada um, individualmente, possa fazer. Todos nós temos, no dia-a-dia, responsabilidades sobre as questões ambientais. Agora eu, como Presidente da Câmara, tenho responsabilidades maiores. Porquê? Porque a C.M. tem muito a ver com o bom, ou mau, ambiente que temos. Ou seja, nós temos que ter preocupações com a água: a água que temos na nossa torneira, que bebemos, tem de ser uma água boa e a C.M. tem responsabilidades na gestão da água. As nossas ruas têm que estar limpas, senão temos micróbios. Temos que fazer uma boa recolha de lixo para termos um bom ambiente urbano. Quando vamos para os campos, não pode haver detritos, entulhos, plásticos... A nossa paisagem urbana e a nossa biodiversidade é tanto mais saudável, quanto melhores forem as nossas práticas ambientais. Vocês sabem, nós estamos no Parque Natural da Serra de São Mamede, e portanto temos a obrigação maior de contribuir para um bom ambiente, porque temos, na fauna e na flora, um valor excecional. Para que essas espécies de animais e plantas cheguem aos vossos filhos, cheguem aos vossos netos, temos de preservar o ambiente.

Qual é a sua cor favorita? 

Gosto muito do arco-íris, gosto muito das cores do arco-íris. 

Tem ajudantes? 

Tenho, felizmente! Tenho bons ajudantes! Castelo de Vide pode orgulhar-se de ter gente que quer muito bem a Castelo de Vide e são essas pessoas que trabalham comigo todos os dias, felizmente! Eu só consigo ir mais longe naquilo que faço porque tenho pessoas ao meu lado que me ajudam. Porque é que me ajudam? Porque querem o melhor para Castelo de Vide. Hoje estou cá eu, amanhã estará outra pessoa. Mas essas pessoas são imprescindíveis para podermos ir mais longe. É um trabalho de equipa: o rosto mais visível é o meu, eles são mais anónimos, estão mais na retaguarda mas existem para bem do desenvolvimento do nosso concelho. 

Qual é a sua disciplina favorita? 

Esta história do melhor, o favorito, é sempre muito difícil... Era Arqueologia, porque era do meu curso. E agora pergunto-te: sabes o que é a arqueologia? A arqueologia é uma ciência que estuda o passado, as coisas antigas. 


A NOSSA GENTE - SALGUEIRO MAIA

De certeza que sabes quem foi o Capitão Salgueiro Maia, um filho da nossa terra. Mas reconheces o Fernando José Salgueiro Maia, aqui na foto? Tinha apenas 8 anos. Nasceu no dia 1 de julho de 1944, na Rua de Santo Amaro, no número 15. A sua filha, Catarina Salgueiro Maia, disse numa entrevista à revista Sábado, que o seu pai era uma pessoa bem-disposta, que gostava de estar com amigos, adorava crianças e que foi um grande pai. Este menino, que se tornou num grande herói do nosso país, pelo seu papel em defesa da liberdade e no derrubar do Estado Novo, gostava de brincar aos cowboys e de fazer de conta que era o xerife, contam os seus amigos de infância de Castelo de Vide. Na madrugada do dia 25 de abril de 1974, partiu da Escola Prática de Cavalaria em Santarém rumo a Lisboa, liderando parte dos militares que fizeram a Revolução dos Cravos, que pôs fim a uma ditadura de 41 anos. Em breve, vais poder visitar a Casa da Cidadania Salgueiro Maia, em Castelo de Vide, onde estará exposto o espólio de Salgueiro Maia, composto por várias peças, documentos e muitos objetos que fazem parte do legado que o Capitão deixou ao nosso Município.



56 BOLOTAS - O LIVRO ESCRITO E ILUSTRADO POR ALUNOS DA NOSSA ESCOLA


No passado mês de novembro foi entregue a todos os alunos do 1.º CEB o livro 56 BOLOTAS, escrito e ilustrado pelos alunos do 3.º e 4.º anos no ano letivo de 2019/20. No livro participaram alunos de nove concelhos do Alto Alentejo, num total de 387 autores-alunos. Os escritores e ilustradores foram desafiados a refletir na ação dos humanos sobre as questões que nos ligam à natureza e na vulnerabilidade desta relação imprescindível à vida, tal como a conhecemos. O livro 56 BOLOTAS é um manifesto das nossas crianças, sobre o que entendem ser necessário mudar para continuarmos a ter uma vida sustentável no planeta Terra.

Na capa estão mesmo 56 bolotas? Conta-as... Caso não tenhas recebido o livro, pede-o emprestado a um colega do 1.º Ciclo. As ilustrações foram feitas recorrendo à técnica de stencil e o texto está cheio de boas ideias e conselhos para aprendermos a conviver com as alterações do clima, provocadas por séculos de comportamentos menos bons dos seres humanos. 



CANTINHO DA ESCOLA

MIÚDOS A VOTOS - NÓS TAMBÉM VOTÁMOS!

Em várias escolas do país os alunos participam num concurso onde votam no livro que mais gostam. No final das eleições é eleito o livro com mais votos. Alguns alunos fazem cartazes e espalham-nos pelas paredes da escola para aconselhar os colegas a votar - "fazer campanha". "Eu votei no livro “Poemas da Mentira e da Verdade”, da Luísa Ducla Soares" (Diana). Cada aluno pode votar no livro que quiser e para votar tem de entrar num site na internet, e pôr informação sobre o livro, como, por exemplo, o título e o/a autor/a. Nós, 4.º A, votámos durante uma aula de TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação). Os livros com mais nomeações integrarão a lista final nacional, que vai a votos no dia 13 de Abril. Cada escola organiza um escrutínio e o resultado do livro vencedor é comunicado à organização (Visão Júnior e Rede de Bibliotecas Escolares). Os resultados eleitorais a nível nacional serão conhecidos no dia 2 de Junho de 2021.




 


RECEITA DE CREPES

Glenn Parsons, o pai da Teresa, partilhou connosco esta receita de crepes que faz no Natal, em família.


Ingredientes

100g de farinha de trigo

2 ovos grandes

300ml de leite

1 colher de chá de óleo de girassol e outro tanto para fritar


Confeção

Coloca todos os ingredientes no copo do processador ou liquidificador, começando pelos líquidos. Bate até que fique homogéneo Unta uma frigideira antiaderente (com cerca de 20 cm de diâmetro) com o óleo e aquece-a em lume baixo. Despeja cerca de 1 concha pequena da mistura (ou o suficiente para forrar o fundo da frigideira, lembrando que o crepe é mais fino do que a panqueca) e deixa dourar por baixo. Vira para dourar do outro lado e retira. Repete o procedimento e vai empilhando os crepes num prato. Serve com uma cobertura da tua preferência. E BOM APETITE! (quem quiser mande fotografias para o nosso e-mail).





[D]ESCREVER COM RISCOS - ENTREVISTA A LUÍS PEDRO CRUZ

 


Em janeiro de 2020, a equipa d'O Saltitão, que, na altura, integrava as jornalistas Antonia Herold, Carolina Semedo, Ângela de Sousa, Leonor Prezado, Raquel Carrilho e Mara Morcela, alunas do 4.º ano, convidou o Luís Pedro Cruz, arquiteto de profissão e artista de coração, nascido em Lisboa em 1959, para uma conversa que teve lugar na Igreja de São José, em Castelo de Vide. Ficámos a conhecer alguns desenhos do Luís Pedro e aprendemos muito sobre a importância que têm a arquitetura e o desenho na afinidade com os lugares e suas gentes. 

O Saltitão - Onde é que trabalha? 

Luís Pedro Cruz - Atualmente trabalho na Câmara Municipal de Castelo de Vide, mas tenho trabalhado em vários sítios ao longo do tempo. 

E onde vive? 

Em Castelo de Vide, mesmo no centro, perto da Praça D. Pedro V. 

Tem animais? 

Tive. 

Um cão preto… 

Sim. Foi publicado um livro há pouco tempo, que incide nestes e noutros desenhos que fiz, e na história desta terra. O meu cão acompanhou-me durante todo o processo de desenho e escrita deste livro. O Bart faleceu quando o livro estava praticamente pronto. Portanto, aparece em muitos dos desenhos. 

O que é a arquitetura e o que é ser arquiteto? 

A arquitetura é uma coisa muito vasta… Resumindo, podemos dizer que o arquiteto faz cartas ou que faz intervenções no espaço. O arquiteto planeia coisas destinadas às pessoas. Mas há muitas formas de ser arquiteto. Um arquiteto pode projetar, pode dar aulas; um arquiteto pode também fazer aquilo que eu faço, desenhar, criando ligações com as pessoas de um lugar, levá-las a sentir que o seu lugar é importante, e orientá-las na forma como devem olhar e apreender o espaço que as rodeia. Um arquiteto também pode ser um crítico das obras dos outros arquitetos. Enfim, há muitas formas de se ser arquiteto. A arquitetura é muito importante porque, ao contrário de um artista que faz um quadro ou uma escultura, que podemos optar por conhecer ou não, visitando, por exemplo, uma exposição, a arquitetura destina-se a espaços ou a edifícios que vão ser vividos e utilizados por nós e que, por isso, entram no nosso dia-a-dia.

Quando e como é que começou a desenhar? 

Quando é que vocês começaram a desenhar? Eu comecei a desenhar, tal como vocês, quando era pequenino. E porque, naturalmente, faz parte do nosso crescimento, da nossa forma de olhar para o mundo, começar a riscar, começar a desenhar. 

Porquê desenhar e que ligação tem com a sua profissão? 

Ora bem, todos nós temos a capacidade de desenhar. Eu não sou uma exceção. Mas ser arquiteto marca a minha maneira de olhar. Há toda uma formação, uma educação, e tendo começado a desenhar em pequenino, como já disse, tenho recebido muitas influências ao longo da minha vida - aquilo que vi, aquilo que li. Todas foram muito importantes; e tudo foi absorvido por mim. E eu sou o resultado de tudo isto. Quando comecei a estudar na universidade - fiz a primeira parte do curso no Porto - o desenho era importante. Para projetar uma casa ou outra intervenção, a primeira aproximação era através do desenho. Qual é a vantagem do desenho? Eu, quando estou a desenhar, perco tempo, ou melhor, ganho tempo. Estou nesse sítio, vou riscando… e as pessoas passam, e olham, e metem conversa. Falo com elas e vou ganhando sensibilidade a esse lugar. E isto permite que o trabalho que venha a fazer, em termos de arquitetura, esteja mais ajustado a esse sítio. Depois, o desenho está muito ligado à maneira como nós vemos as coisas, e o que é que isto implica? Implica que temos de aprender a "olhar". A maior parte das vezes não olhamos, não vemos, e daí a dificuldade em desenhar. Há uma coisa que é importante perceber: na vossa idade, desenhar é relativamente fácil; quando ganhamos mais idade, começa a complicar-se. E começa a complicar-se porquê? Porque vocês não têm complexos e desenham e riscam com a maior das facilidades. Mais velhos, começam a ter um termo de comparação. E comparam-se com aquelas pessoas que desenham muito bem. E em vez de esta comparação jogar a vosso favor, torna-se num obstáculo, inibe-vos. O que acontece nos adultos, um pensamento muito usual é “quem me dera ser capaz”, mas, na verdade, nem tentam. O que eu posso dizer é que (a)riscar, sem pretender fazer desenhos extraordinários, é uma coisa que todos nós conseguimos.



O livro [A]riscar em Castelo de Vide foi publicado em dezembro de 2019, editado pela Colibri. Diz o LPC que foi feito a meias com o Bart. Neste livro podes encontrar vários desenhos e escritos sobre a nossa vila. Um percurso cheio de segredos, um itinerário artístico, que te oferece uma visão diferente de Castelo de Vide e das suas gentes.


 


FORTNITE: as skins mais raras

Hoje vou escrever sobre as skins mais raras do Fortnite. O Fortnite é um jogo eletrónico que dá para jogar nos seguintes dispositivos: PC, MAC, em todas as versões da Playstation 4, Playstation 5, nas várias Xbox e Nintendo Swich/Swich Lite. O Fortnite foi criado em 2011 pelo ex-diretor de design da Epic Games, Cliff Bleszinki e pelo líder criativo da Epic Games, Donald Mustard. O objetivo do jogo é sobreviver numa ilha, vencer os vários adversários em combates e fazer “Victory Royale”. O Fortnite tem vários modos: - Salve o mundo: o modo Salve o Mundo é um modo em que no meio do mapa existe um monstro gigante que todos os 100 jogadores têm de derrotar; - Battle Royale: o modo Battle Royale é o modo "principal” (que foi inventado primeiro) em que é suposto «matar chefões, eliminar adversários e apanhar armas» para fazer a tal Victory Royale; - Modo criativo: um modo onde podes criar os teus objetos, os teus amigos e inimigos, as tuas regras… Skins é o nome geral das personagens do Fortnite. E as SKINS MAIS RARAS DO FORTNITE são: 10. D.U.E.N.D.E, 9. Ómega, 8. Ceifador, 7. Especialista em Brilhos, 6. Cavaleiro negro, 5. Skull Trooper, 4. Galaxy e Glow, 3. Honor Guard, 2. Patrulheiro de Assalto Aéreo e a SKIN MAIS RARA É, 1. Ranegade Raider. Há cerca de 350 milhões de jogadores de Fortnite espalhados pelo mundo e foram jogadas, até agora, 3,5 biliões de horas.



SUGESTÕES LITERÁRIAS

E porque um bom livro é um bom amigo, aqui ficam três sugestões de leitura para pequenos, médios e grandes leitores! E boas férias!


CONTA-ME HISTÓRIAS

GRANDES AMIGOS de Linda Sarah e Benji Davies, editora Orfeu Negro

O que é ser amigo? E quantos amigos podemos ter? E temos um coração grande com espaço para todos? Claro que sim! Nesta história, dedicada aos mais pequeninos, encontramos o Zé e o Nico, dois amigos inseparáveis. Mas chega o Gui... Que mudanças vai trazer? Ora, só pode trazer ainda mais animação! 


JÁ SEI LER 

HOMEM-CÃO: O GRITO SELVAGEM (6) de Dav Pilkey, editora Marcador 

Já conheces a coleção do Homem-Cão? Já saiu mais um número! Chama-se O Grito Selvagem e é de gritos! Prepara-te para muitas páginas de tiras e tiras de banda desenhada, onde o super-herói canino mais divertido do planeta, volta a fazer das suas. E não é que, desta vez, o nosso herói é acusado de ser um vilão? E até vai parar à prisão! Mas, felizmente tem muitos amigos, como tu, que o vão ajudar a trazer a justiça de volta. Sabes que tens gargalhadas garantidas do princípio ao fim.


GRANDE LEITOR

O MEU PÉ DE LARANJA LIMA de José Mauro de Vasconcelos, editora Fábula 

Este clássico da literatura juvenil ganhou uma nova edição pelas mãos da Fábula. O Zezé, um menino para quem a vida nem sempre tem sido fácil, consegue contornar esta realidade, cheia de contrariedades e de dificuldades, tomando por confidente um pé de laranja lima, e apoiando-se nesta relação de amizade construída pela sua imaginação, e vontade de ultrapassar os momentos difíceis. Esta história é um relato de esperança e de alegria para crianças, jovens e adultos, que ao longo de décadas tem encantado de uma forma tão poética quem a lê. Um livro para sempre e para todas as idades!









PIADAS & ADIVINHAS

Pergunta: Porque é que os mergulhadores caem de costas na água?

(vê a resposta no final)


Na piscina, o Luís disse a um menino de 6 anos: 

- Sabes nadar muito bem. 

O menino respondeu-lhe: 

- Sim, já nado desde os 3 anos. 

E o Luís comentou: 

- Bolas, já deves estar muito cansado!


Pergunta: Porque é que o computador espirrou?

(vê a resposta no final)


- Nádia, viste o teu irmão? 

- Sim, meti-o no frigorífico. 

- Estás doida? Ele vai apanhar um resfriado! 

- Não te preocupes, mamã! Eu fechei a porta...  


Respostas às adivinhas:

R: Porque se caíssem para a frente batiam com a cara no fundo do barco.

R: Um diploma de natação.





ANIMAIS EM VIAS DE EXTINÇÃO

Um animal em vias de extinção é uma espécie de que já há poucos exemplares, por exemplo menos de cem. Há animais em extinção que estão a morrer por causa do ser humano, que os usa para benefício próprio. Ou também porque polui e destrói os seus habitats. As mudanças climáticas também alteram os ecossistemas e alguns animais não se conseguem adaptar e morrem. Alguns animais em risco de extinção são o bufo-real, a coruja das torres, o elefante africano, o golfinho, o koala, o leopardo das neves, o lince ibérico, a onça pintada, o panda gigante e o tubarão branco. Temos de cuidar o ambiente para salvar todos os animais!




E AGORA QUE JÁ LESTE, COM TODA A ATENÇÃO, ESTE ARTIGO SOBRE OS ANIMAIS EM VIAS EXTINÇÃO, APRENDE MAIS! CONCORRE E GANHA! - VÊ A EDIÇÃO EM PAPEL

(Vê a edição em papel)

O desafio é muito simples... quantos saltitões andam por aqui, a saltitar, nas páginas do jornal? Afina a visão e não te enganes nas contas! 

As 5 primeiras respostas certas, receberão o livro "Um Mundo Depois de Outro", escrito e ilustrado pelos alunos do Agrupamento de Escolas D. Filipa de Lencastre, que aborda este tema. 

Ora lê a sinopse: "Quem é o maior culpado pelo desaparecimento das espécies? O que acontece quando um animal se extingue? Que passos se estão a dar na recuperação de espécies? Que papel podem ter as crianças no salvamento destas? A rinozela e o gazeronte chegaram a existir? Um grupo de animais, de facto muito especiais, reuniu-se para tentar responder a estas e outras perguntas. Esconder-se, fugir, afastar a poluição, contatar a Organização dos Animais Unidos, são algumas das soluções propostas. Conseguirão encontrar a melhor resposta? Como poderemos ajudá-los?" 

Se quiseres ler tudo, já sabes... envia-nos a tua resposta por e-mail para jornal.osaltitao@gmail.com. 

Boa sorte!




MODALIDADES DO DESPORTO ESCOLAR - ANO LETIVO 2020/21



No dia 4 de Dezembro estivemos à conversa com o prof. Hélder Costa, professor de Educação Física e coordenador do Desporto Escolar do nosso Agrupamento de Escolas. Contou-nos que desde pequeno gostava muito de desporto, em especial futebol, e quis estudar isso mesmo. E, como achava que tinha muito jeito para ensinar crianças, quis ser professor! Falou-nos, também, dos desportos que podes praticar na nossa escola: desportos gímnicos, ténis e ténis de mesa e multiatividades (desportos ao ar livre, escalada, caminhada...). Já a natação, desporto no qual a nossa escola tem tido muito bons resultados a nível regional e distrital (primeiro lugar em todo o Alentejo) em anos anteriores, foi suspensa porque devido à pandemia a Câmara Municipal de Castelo de Vide decidiu que não era prudente a Piscina Municipal estar aberta. Também devido à pandemia, todas as competições foram suspensas. Na próxima edição prometemos contar-vos mais sobre os desportos que se praticam na nossa escola. Fica atent@!




NOTÍCIAS INVENTADAS - NOTÍCAS QUE QUERÍAMOS MESMO QUE FOSSEM NOTÍCIA...

O Pai Natal foi visto em Castelo de Vide, na Fonte da Mealhada. Estava a dar água às suas renas. Disse que estava a caminho do Polo Norte para ler as cartas dos meninos de todo o mundo, fabricar e embrulhar os presentes. Uma das suas renas magoou a pata e tiveram que fazer um curativo no Centro de Saúde. Mas ainda assim o Pai Natal diz que os presentes vão chegar a tempo a todo o mundo.


O Estado Português vai oferecer um carro elétrico a cada família neste Natal! A partir de janeiro de 2021 só precisa de entregar o seu carro antigo e terá direito a uma nova viatura amiga do ambiente. Como são muito simpáticos até vão embrulhar os carros em papel reciclado com um laço vermelho. E até podes escolher a cor!


Finalmente aconteceu! Cientistas Luxemburgueses inventaram a primeira máquina do tempo! Dizem que já a experimentaram e que funciona muito bem, aliás, funciona melhor do que nunca! Desde maio de 2020 que estão a fazer testes com animais. Alguns vão para o passado e outros para o futuro. O problema é que como os animais não falam a nossa língua, não conseguimos perceber como será a vida na Terra daqui a 1000 anos!

PALAVRA PARA SABER E FAZER

ESPERANÇA

nome feminino 

1. Disposição do espírito que induz a esperar que uma coisa se há-de realizar ou suceder. 

2. Espera, expectativa. 

3. Coisa que se espera. 

4. Confiança. 

5. [Religião] Uma das virtudes teologais. 

in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa


E AS NOSSAS DEFINIÇÕES...

  • A palavra Esperança significa... ter esperança em algo, esperança de ter um telefone ou outra coisa. 
  • Esperança é... pensar que algo vai acontecer. Esperança é... quando, mesmo acontecendo alguma coisa, tu continuas a acreditar. 
  • Esperança é... mesmo acontecendo a pior coisa que pode acontecer, continuar a acreditar.

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